sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

#184 O Beijo que morreu


Perdido, ganhou coragem e levantou-se, determinado. 
Estava decidido a mudar, o até agora: triste fado.

Contemplou e sorriu

de alguma forma seria diferente
o tempo afinal havia passado.


Uma nova vida, é uma nova vida.
Inclinou-se e abraçou,

o horizonte cheio de nada


caiu no vazio
beliscou o zero
e


constatou que o beijo não havia morrido
porque sequer ainda não havia nascido.


É que:

 jamais pode partir: 





quem nunca se atreveu a chegar.






* Vi esta imagem publicada no mural de uma velha amiga e inspirou-me a produzir este pequeno texto, bem diferente da concepção da imagem, que alegadamente aponta para uma nota de humor (que também subscrevo). Mas é isso que é belo nas palavras... podermos revisitá-las e significá-las a nosso bel prazer. Consoante os nossos sentires... ganham vida e não nos pertencem. 

São livres e voam... até caírem no peito de alguém. 

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