sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

#197 O PECADO


O PECADO

Rancor. Ego. Raiva. Ódio. Angústia. Mágoa. Dor. Tristeza. Posse. Inveja. 

Ao longo dos anos, tenho reflectido muito sobre estas e muitas outras palavras. Sobre o seu real significado. Sobre as sensações que nos provocam, as lesões que nos causam e o carácter de transitoriedade e impermanência (felizmente) de que afinal de contas, todas se revestem.

Alguns episódios recentes, demonstraram-me uma vez mais que nem tod@s conseguimos ultrapassar com total rapidez alguns destes pecados, destes vícios.

É de facto difícil assumirmos a compreensão de que somos seres espirituais apenas experimentando uma condição física e de que afinal o objectivo último é aprender, crescer, evoluir, experimentar situações, sensações e delas extrair profundos ensinamentos.

Sou feliz por aos 38 anos e ainda bem antes disso, estar plenamente consciente dessa matéria, não obstante alguns erros em que persisto, humano que sou: logo imperfeito.

A chave, continua ser QUERER evoluir. Em se SER inteiro, por contraposição a meras parcialidades. E obviamente perdoar! Perdoar indiscriminadamente. Independentemente da dor que nos for provocada. Aos outr@s que nos ferem e essencialmente a NÓS mesmos. 

Porque nunca há uma única visão parcelar do mesmo acontecimento. Há sim uma vivência, uma observação sempre inquinada, porque invariavelmente carece de imparcialidade. De necessária  equidistância.

E essa equidistância e imparcialidade, pode (ou não) surgir com a passagem do tempo. Com esse tremendo conselheiro e mestre separador da essência do assessório. Da forma, do conteúdo. Do trigo, do joio. 

Sou hoje melhor do que era ontem. Certamente pior do que amanhã. Porque caminho, passo a passo, polindo a pedra bruta e construindo o mais belo templo interior, onde só habitam o amor, a virtude e a compaixão.

É um caminho longo, qui ça sem fim, mas continuo caminhando com o meu melhor sorriso nos lábios.

Mas... uma vez mais, permito-me estar orgulhoso do intenso trabalho que tenho feito. E é precisamente para tod@s vós, que comigo se têm cruzado e que dessa forma para ele têm contribuído, que uma vez mais deixo o meu eterno obrigado.

Pela dor, pelo prazer, pela atenção que me concedem ou mesmo pela indiferença. Até porque nada nos escapa, quando estamos despertos.

Até ao derradeiro despertar: caminhemos e observemos em equanimidade. 

Observemos!



Observemos.




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